domingo, 9 de agosto de 2009

Silêncio.

E na calada da noite, ela gritou. Gritou com toda a força existente em seu peito. Ensurdecedor, tocante, sofrido. Berrou esperando que alguém a ouvisse, que alguma alma com um pouco de paixão parasse e tentasse entender o porquê da quebra do silêncio. Mas ninguém nem ao menos deu atenção. Eram milhares e milhares de pessoas que passavam em sua volta, e desprezavam qualquer mudança, por mínima que seja, em sua face. Todos tinham problemas a pensar, e se importar com um grito de alguém desconhecido não parecia prioridade. Então assim, todos continuaram a andar. Sem rumo e sem sentimentos. Com um objetivo por todos desconhecido. E ela, já sem esperanças maiores, calou a boca. Percebeu que o silêncio, mesmo com o peito explodindo de dor, talvez fosse menos sofrido.

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